Contestadas há algum tempo, as pesquisas eleitorais sofreram um abalo considerável na credibilidade que tinham com os resultados do 1º turno. Os erros dos levantamentos foram muito gritantes e não teve nada com margem de erro ou diferença de percentual. O resultado das urnas em muitos casos deu exatamente o inverso do que apontavam as pesquisas. São Paulo é o maior exemplo do erro dos levantamentos. As pesquisas apontavam o ex-prefeito Fernando Haddad (PT) na liderança, e até com certa vantagem em relação ao ex-ministro Tarcísio Freitas (Republicanos). Ao final, o candidato do Republicanos (42,32%) chegou à frente com o percentual de diferença apontado para o petista (35,70%). Tanto Ipec, ex-Ibope, quanto Datafolha erram suas projeções.
Não bastasse isso, a vitória ao Senado apontava para o ex-governador Márcio França (PSB). Contudo, quem venceu nas urnas foi o ex-ministro Marcos Pontes (PL), com 49,68% dos votos válidos.
O resultado no Rio Grande do Sul também não escapou dos erros das pesquisas eleitorais. As pesquisas do Ipec apontavam a liderança do ex-governador Eduardo Leite (PSDB), entretanto, ele quase ficou fora do segundo turno. O percentual indicado pró-Leite não se refletiu nas urnas. O vencedor do 1º turno foi Onyx Lorenzoni (PL), com a vantagem que, de acordo com as pesquisas, seria pró-Leite. O candidato do PL obteve 37,50%, e o tucano, 26,81%. Além disso, na reta final, as pesquisas para o Senado davam vitória ao ex-governador Olívio Dutra (PT), mas as urnas confirmaram a vaga para o vice-presidente da República, Hamilton Mourão (Republicanos).Difícil dizer qual o motivo de tantos erros, se o método ou fórmula adotada. O fato é que os institutos devem explicação e fazer uma análise dos métodos utilizados nos levantamentos. Depois de tanta imprecisão, no segundo turno, candidatos e eleitores ficarão com o pé atrás com o resultado das pesquisas e nem se basearão nelas. Muito menos, os concorrentes surfarão nas suas projeções.
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